quarta-feira, 16 de maio de 2012

A Importância do Corredor Ecológico Esperança-Conduru


Apesar do Brasil ser um dos países com maior biodiversidade do planeta e com cerca de um teço das Florestas Tropicais ainda existentes no mundo, a intensa exploração de recursos naturais por ações antropogênicas aceleram de forma continua a fragmentação florestal no país (BRASIL, 2006).  Com o aumento da fragmentação o resultado são áreas florestais isoladas por uma paisagem degradada, o que aumenta o risco de extinção das espécies (PRIMARCK; RODRIGUES, 2001).
Neste cenário a Mata Atlântica, um dos mais importantes “hotsposts” do mundo, foi colocada desde 1991, entre os mais ameaçados do planeta (SAMBUICHI; MIELKE; PEREIRA, 2009). Vivemos no momento de maior perda de biodiversidade do mundo e não temos ideia das perdas de possibilidades de remédios, alimentos e substâncias que estão sendo extintas com esse bioma (SAMBUICHI; MIELKE; PEREIRA, 2009).

Imagem 1. Corredor Central da Mata Atlântica 

Como forma de preservação da Mata Atlântica do Sul do Estado da Bahia, foi criado em 2011 um projeto chamado ‘Corredor Ecológico Esperança-Conduru’. Os corredores ecológicos são trechos delimitados de vegetação nativa que conectam fragmentos (BRASIL, 2006). Neste projeto o principal objetivo foi planejar a paisagem do minicorredor do Parque Estadual da Serra do Conduru (município de Uruçuca) ao Parque Municipal da Boa Esperança (Município de Ilhéus) buscando conectar os remanescentes florestais. Os corredores favorecem os processos dos ecossistemas que são fundamentais para a sustentação da biodiversidade através de eventos como a polinização, dispersão de sementes, o ciclo hidrológico e a ciclagem de nutrientes. Além de permitir a mobilidade dos animais em situações de fome e o fluxo genético da flora e da fauna (BRASIL, 2006).

Imagem 2. Parque do Conduru

Foi realizado um mapeamento da área, nos anos de 2008 e em 2011, para analise da dinâmica do uso da terra, a evolução da paisagem e identificação das áreas com prioridades para restauração ambiental. Entre as ações para restauração florestal está sendo realizado o plantio de mudas de espécies nativas consideradas como necessárias para conectar fragmentos. As sementes utilizadas para essa para produção das mudas de espécies nativas são coletadas e vendidas pelos agricultores do entorno. A venda de sementes, a longo prazo, se mostra mais vantajosa do que a derrubada da árvore, ação que incentiva a preservação da diversidade mesmo dentro das pequenas propriedades.
O projeto ainda incentiva a educação ambiental, principalmente junto à sociedade civil da área como forma de conscientizar a população da importância da preservação da área reflorestada e possibilitar o desenvolvimento sustentável em conjunto com a comunidade.

Autores: Rafaela Rocha e Alan Magalhães.



Referências:
SAMBUICHI, H. R., MIELKE, M. S. & PEREIRA, C. E. Nossas Árvores: conservação, uso e manejo de árvores nativas do sul da bahia. Editora da UESC, 2009.
BRASIL. O Corredor Central da Mata Atlântica: Uma Nova Escala de Conservação da Biodiversidade. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 2006.
RICHARD B. & PRIMACK, T. Biologia da Conservação. Editora Efraim Rodrigues. 2001.

Fonte de Imagens: Google.
 

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