sábado, 31 de dezembro de 2011

Desenvolvimento sustentátel na Rio+20


 Em 1992, a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, organizou o Encontro da Terra. Evento realizado no Rio de Janeiro com  participação de representantes de 178 países,  de organismos supranacionais,  do setor privado e de ONGs, além de cientistas. “Na conferência foram discutidas formas de combinar maior proteção ao meio ambiente com um desenvolvimento econômico mais efetivo em países menos ricos” (Nações Unidas, 1993 a,b). Após sua realização, foi proposta a Agenda 21. Para discutir sua a eficácia, uma nova reunião é realizada a cada 5 anos.
   Entre os dias 20 á 22 de junho de 2012, o Rio de Janeiro sediará um novo encontro,o Rio + 20.  Espera-se ampla participação de diversos setores da sociedade,o  que possibilita  maior interação entre  conhecimento sobre desenvolvimento econômico e os problemas sócio-ambientais causados por ele.  Antes de pensar na sua importância, é necessário conhecer os problemas que provocaram as reuniões.
    Durante a década de 90, nos países menos desenvolvidos, ocorreu um vertiginoso aumento populacional. A revolução sanitária, vivenciada nos anos anteriores, é um dos principais motivos do crescimento demográfico. Com o surgimento de vacinas e o melhoramento da qualidade de saneamento básico, houve diminuição na taxa de mortalidade. Porém, outros fatores sociais permaneceram constantes, por exemplo, as altas taxas de natalidade.    
       Apenas nos países mais desenvolvidos houve uma fase de transição demográfica. Período marcado pela desaceleração do crescimento populacional, pois a redução da taxa de mortalidade precedeu a queda na taxa de natalidade. Após tal período, o crescimento populacional atingiu a estabilidade. Os países pouco desenvolvidos se situam no período pós-revolução sanitária, sem previsão fiável de estabilização. Ambas situações demonstram, o alto potencial danoso presente nos atuais padrões de desenvolvimento.
   De acordo com Fernandez (2000), “o crescimento demográfico é a mola propulsora de todos os problemas ecológicos, e o grande modificador dos efeitos de tais problemas”. A explosão demográfica, ocorrida nos países menos desenvolvidos, provocou: o aumento da quantidade de favelas, o crescimento das taxas de desemprego, o agravamento das desigualdade sociais e a substituição da vegetação nativa por áreas agrícolas. Enquanto os países desenvolvidos, exploram intensamente os recursos planetários para atender aos novos padrões de consumo. Demonstrando que essa forma de desenvolvimento econômico, desconsidera os aspectos ambientais e sociais presentes nas relações humanas. Com o objetivo de alterar essa situação foi elaborado a Agenda 21.
      A agenda 21consiste em um documento de 800 páginas, as quais  descrevem as metas de um novo padrão de desenvolvimento que integre os fatores sociais, ambientais e econômicos.  Mudanças globais só acontecem por meio de medidas locais. Assim, foi proposto a cada país planejar a agenda 21 nacional, levando em conta as características nacionais específicas. A elaboração do plano de ações é proposta pelas comissões regionais, formadas por pessoas da comunidade que percebam os problemas locais e pensem no modo de solucioná-los. Assim, a realização da agenda 21 depende tanto da participação popular quanto de   incentivos governamentais.
    Apesar do desenvolvimento sustentável se tornar um assunto tão discutido, faltam medidas eficientes que modifiquem os atuais padrões de desenvolvimento. A realização da agenda 21 local apresenta obstáculos,entre eles, a falta de mobilização da comunidade e a ausência de financiamento dos projetos. É necessário que esse documento deixe de ser um arcabouço de metas e se transmute em atitudes significantes. É inaceitável que durante o Rio+20, certos chefes de estados continuem a não se responsabilizar pela redução das emissões de carbono e outros mais se recusem a investir em projetos da agenda 21.

Por: Namir Gabriely e Francino

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